Chega uma certa idade do bebê que ele vai se tornando mais independente e começa a se arrastar pelo chão para conseguir chegar onde ele quer. Nessa hora começam as dúvidas sobre sobre quando a criança vai começar a dar seus primeiros passos e como estimular esse aprendizado. Abaixo o site da bebe.com.br separou as principais dúvidas das mães sobre esse momento. Confira:
1. Com que idade o bebê começa a engatinhar?
O bebê costuma engatinhar entre 7 e 11 meses. “A idade não é muito
estabelecida, mas, frequentemente, as crianças começam a sentar com seis
meses e passam a engatinhar em torno dos 8 meses”, explica o
ortopedista pediatra Claudio Santili, professor adjunto da Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
2. Como posso estimular meu filho a engatinhar?
É importante que os pais ofereçam oportunidades de brincadeiras no
solo. “Os pais podem ficar com o bebê no chão e colocar o brinquedo um
pouco distante para que ele tente pegá-lo. O pequeno vai começar se
arrastando e depois tende a passar a engatinhar”, conta a neuropediatra
Saada Ellovitch, do Hospital Samaritano. Uma dica importante: evite
deixar seu filho frequentemente no berço. “Isto pode atrasar o
desenvolvimento dele”, diz o neuropediatra Abram Topczewski do Hospital
Albert Einstein.
3. Todos os bebês vão engatinhar?
Não, alguns pulam esta etapa. “Cerca de 80 a 85% dos bebês
engatinham, porém há uma pequena porcentagem que não faz isso. Eles se
locomovem sentados e depois passam a andar”, explica o neurologista e
neuropediatra Luiz Celso Pereira Vilanova, presidente da Sociedade
Brasileira de Neurologia Infantil.
4. Meu filho não engatinhou e não começou a andar, como sei se o desenvolvimento motor dele está correto?
É importante que seu filho vá constantemente ao pediatra, assim este
profissional poderá acompanhar o desenvolvimento do pequeno e notar se
há algum problema. Para os pais, vale ficar atento a outros aspectos. “É
interessante observar quando a criança começou a sustentar a própria
cabeça, o que ocorre por volta dos três meses, passou a sentar,
normalmente eles sentam com apoio dorsal até o sexto mês e sem apoio até
o final do nono mês. Por fim, até o 11º mês o bebê deve conseguir ficar
em pé com apoio”, explica Vilanova.
5. Existe uma maneira correta de engatinhar?
Não há uma maneira correta de engatinhar. “A grande maioria dos
bebês realiza a alternância de quatro pontos de apoio, mas há aqueles
que fazem com três pontos, não existe uma regra. Às vezes, quando o
pequeno engatinha super bem, ele demora para testar outros métodos de
locomoção”, diz Santili.
6. Com que idade o bebê começa a andar?
A faixa de normalidade para o bebê começar a andar é entre 11 meses e um ano e meio de idade.
7. A partir de quando devo me preocupar se meu filho não começar a andar?
Quando a criança completar um ano e meio e ainda não andar. “Caso o
bebê continue com dificuldade para andar, problemas para se manter em
pé, uma avaliação com um neuropediatra se torna necessária”, recomenda
Topczewski.
8. Como posso estimular meu filho a andar?
Deixar o bebê no chão, sempre com segurança, é a melhor forma de
estimulá-lo. “É preciso oferecer oportunidades para a criança ficar de
pé e andar. Formar uma espécie de corredor entre o sofá ou outro móvel é
uma alternativa. Dar o braço ou a mão para o bebê se apoiar também é
interessante”, diz Santili. Segurar o bebê pelos bracinhos e andar com
ele, o que é muito comum entre os pais, não é recomendável. “Isto porque
o bracinho faz parte do controle do equilíbrio e há até o risco de o
pequeno desenvolver um problema no cotovelo. O melhor é segurar o bebê
pelo tronco”, afirma Santili.
9. Há um jeito certo de andar?
Ao começar a andar é normal o bebê se locomover com as pernas mais
abertas. “Quando a criança passa a ganhar equilíbrio é comum ela alargar
a base”, explica Santili. Porém, há certas maneiras de andar dos
pequenos que podem ser sintomas de problemas mais sérios, portanto é
recomendável uma avaliação do pediatra. “Andar nas pontas dos pés pode
não ser nada e perto dos dois anos a criança perde esse costume, mas é
melhor fazer uma avaliação com o neuropediatra, pois pode significar uma
alteração no neurodesenvolvimento”, conta Ellovitch.
Caso o
bebê tenha as pernas arqueadas, como um caubói, não há motivo para
pânico, mas é importante acompanhar o caso com um ortopedista. “Se esta
deformidade for simétrica e dentro dos parâmetros ela se corrige
espontaneamente por volta dos cinco anos”, diz Santili. Porém, caso as
pernas da criança sejam assimétricas, uma reta e a outra arqueada, por
exemplo, é importante maior atenção e avaliação médica.
10. Os bebês prematuros demoram mais para começar a andar e engatinhar?
O desenvolvimento dos bebês prematuros pode ser mais lento, afinal é
preciso dar o devido desconto aos pequenos que chegaram antes do
previsto, mas não será sempre assim. “Há uma defasagem do ponto de vista
motor, mas até o 15º mês é de se esperar que já esteja igual as demais
crianças”, conta Vilanova.
11.
Meu filho estava andando, mas depois começou a não andar mais, parece
que desaprendeu. Isso é normal? A vacina pode causar isso?
Isto não é comum entre os bebês e é recomendado marcar uma consulta
com o pediatra. “É importante avaliar o caso, pois pode ser uma porção
de motivos, desde birra até uma patologia mais séria”, conta Topczewski.
Caso a criança tenha tomado uma vacina e depois disto parado de
andar, a injeção pode ser a causa. “Algumas são feitas na coxa e a
vacina é uma substância que pode provocar uma reação e causar um
desconforto na musculatura, mas nestes casos o bebê costuma voltar a
andar depois de, no máximo, sete dias”, diz Santili. O problema também
pode ter ocorrido durante a aplicação da vacina. “Há o risco de a
injeção atingir a raiz do nervo, levando ao comprometimento da
movimentação daquela perna”, conta Topczewski.
12. O meu filho pode utilizar o andador?
O andador não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatra
(SBP) por dois motivos: expor a criança a riscos e atrasar o seu
desenvolvimento motor. De acordo com a SBP, anualmente são realizados
10 atendimentos nos serviços de emergência para cada mil bebês com menos
de um ano de idade provocados por andadores. O que corresponde a, ao
menos, um caso de traumatismo para cada duas ou três crianças que
utilizam o objeto. Afinal, os andadores, que podem chegar a velocidade
de 1m/s, permitem com que os pequenos tenham muita independência em uma
fase na qual ainda não tem noção do perigo. “O andador atrapalha um
pouco o desenvolvimento do andar porque o bebê fica o tempo todo
sentado”, diz Topczewski.
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Fonte: bebe.abril.com.br
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